Um dos filmes mais esperados dos últimos anos, Spider-Man: No Way Home (Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa, na versão em português) é o terceiro filme da trilogia Homem-Aranha dentro do MCU – o universo cinemático da Marvel – que já soma vinte e sete filmes. Dirigido por Jon Watts e escrito por Chris McKenna e Erik Sommers, o filme se passa logo após os eventos finais de Spider-Man: Far From Home. Após ter tido sua verdadeira identidade revelada ao mundo por pelo vilão Mysterio (Jake Gyllenhaal), o jovem Peter Parker (Tom Holland) vê a sua vida e as vidas das pessoas ao seu redor se transformarem num verdadeiro caos. Ele, então, vai atrás da ajuda do Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) para tentar consertar toda essa bagunça através de um feitiço que fará com que todos esqueçam que ele é o Homem-Aranha. Porém, algo sai errado e a situação fica ainda mais perigosa quando vilões de outros universos começam a aparecer por toda Nova York e vão colocar a vida de milhares de pessoas em risco. É aí que Peter precisa juntar seus aliados e embarcar numa aventura que vai lhe mostrar o significado de ser um super-herói.
Um dos melhores filmes MCU até agora e um dos melhores filmes do Homem-Aranha até hoje, No Way Home é tão especial que também é capaz de melhorar a experiência inteira do universo do Homem-Aranha para todos os tipos de fãs, sejam eles dos quadrinhos ou do cinema. Claro que tem muito “fan service” imbutido na história, mas é um fan service bem feito! A narrativa é bem desenvolvida e é uma introdução instigante ao conceito do multiverso nas telonas, que faz uma conexão inteligente com outras obras da MCU e que vai, com certeza, ser um dos temas principais dos próximos filmes e séries da franquia. Os efeitos visuais são ótimos, com boas cenas de ação, e as atuações também são muito eficazes, com destaque para Marisa Tomei, Willem Dafoe e Alfred Molina. Existem muitas sequências dramáticas pontuadas com um humor que funciona na maioria das vezes, embora continue a mania chata da Marvel de forçar piadinhas insistentes em todas as cenas praticamente.
ANÁLISE COM SPOILERS (pule essa parte caso você ainda não tenha assistido ao filme)
É impossível falar de Spider-Man: No Way Home sem falar do alguns acontecimentos marcantes do filme, por isso vou abrir uma exceção e fazer algo que nunca faço aqui no blog: uma análise com spoilers! Quando falo que a experiência dos fãs de Homem-Aranha são aprimoradas com esse filme, o que quero dizer é que a união dos universos não traz apenas um momento de nostalgia, mas também é eficaz em mostrar as possibilidades que o MCU pode proporcionar. Ainda mais porque o foco da narrativa é mostrar que vilões podem ser combatidos de forma diferente, o que torna as histórias mais complexas e menos maniqueístas. Dando uma nova chance aos vilões, Spider-Man: No Way Home ajuda a melhorar ainda as histórias da trilogia de Tobey Maguire e da duologia de Andrew Garfield, algo que é muito bem-vindo, umas vez que ambas tiveram conclusões fracas. Além disso, o retorno dos atores é especial por dar uma chance de fazer comentários inteligentes sobre cada um dos universos, ainda que a lógica por trás disso seja um pouco frágil. Mas não há como negar que o filme será sempre lembrado por esse motivo e entrará para a história como uma das obras de super-heróis mais divertidas.
Nota 8!
No momento da publicação deste artigo, Spider-Man: No Way Home ainda não está disponível nas plataformas oficiais de streaming ou de aluguel do Brasil, mas está em cartaz nos cinemas de todo o país. Se você se interessou pelo filme e quer conhecer mais sobre ele, incluindo outras opiniões, abaixo você encontra o link para o Letterboxd, uma rede social de pessoas que comentam todas as obras do mundo do cinema. Além disso, já que os filmes estão sempre mudando de streaming, você pode visitar o JustWatch, uma ferramenta que mostra a disponibilidade de filmes e séries em todas as plataformas de diversos países, para conferir de forma atualizada onde assisti-los!
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