BLUE BAYOU – 2021

Um drama independente que fala de sobre pontos incoerentes nas leis de imigração dos Estados Unidos, Blue Bayou é escrito, dirigido e protagonizado por Justin Chon. Lançado no Festival de Cannes de 2021, o filme foi elogiado por críticos e estreou nos cinemas dos Estados Unidos em setembro. A trama segue a história de Antonio LeBlanc (vivido por um ótimo Chon), um coreano-estadunidense que foi adotado por norte-americanos quando era criança. Atualmente, o jovem trabalha como tatuador nos arredores de Nova Orleans com sua mulher grávida, Kathy (interpretada pela sempre eficaz Alicia Vikander), e a filha dela de um relacionamento anterior, Jessie (vivida por uma adorável Sydney Kowalske), que vê Antonio como sua figura paterna. Enquanto procura por um outro emprego para conseguir sustentar a família que está prestes a crescer, Antonio percebe as dificuldades que lhe são impostas devido ao fato de que ele já teve ficha na polícia. Mas as coisas vão piorar ainda mais quando Antonio descobre que não passou pelo processo de naturalização pelos pais adotivos, algo que era necessário de acordo com a Lei de Cidadania Infantil de instaurada em 2000. Essa situação o coloca em risco de ser deportado, o que o separaria de sua família e do único lugar do mundo no qual ele se sente em casa.

Embora não seja perfeito, Blue Bayou é certamente uma história eficaz sobre família e pertencimento. O filme, inspirados em histórias reais de estrangeiros adotados nos Estados Unidos, destaca uma situação absurda onde o governo estadunidense expulsa pessoas do país da forma mais injusta imaginável, o que certamente é de quebrar o coração. E o filme representa essas histórias de forma muito efetiva – é impossível não se emocionar. Logo nos primeiros minutos, o drama já começa nos envolvendo em belas sequências ao som de Bon Iver, e continua com uma trilha sonora muito boa, embora as escolhas possam ser vistas como um pouco dissonantes. O elenco como um todo está muito bem, Chon, Vikander e a jovem Sydney Kowalske merecem elogios, todos com uma ótima conexão que realmente se assemelha a de uma família que se ama. Mas não devemos ignorar a atriz franco-vietnamita Linh Dan Pham num papel menor, mas muito tocante. O filme tem uma atmosfera calma e tranquila, mesmo abordando temas difíceis, algo que me lembrou de Columbus, do também talentoso Kogonada, uma comparação que, por si só, já mostra o quanto Blue Bayou é ótimo. A edição é um pouco irregular e o baixo orçamento é visível, mas isso não deixa a história menos marcante.

Nota 8!

No momento da publicação deste artigo, Blue Bayou ainda não está disponível nas plataformas oficiais de streaming ou de aluguel do Brasil. Se você se interessou pelo filme e quer conhecer mais sobre ele, incluindo outras opiniões, abaixo você encontra o link para o Letterboxd, uma rede social de pessoas que comentam todas as obras do mundo do cinema. Além disso, já que os filmes estão sempre mudando de streaming, você pode visitar o JustWatch, uma ferramenta que mostra a disponibilidade de filmes e séries em todas as plataformas de diversos países, para conferir de forma atualizada onde assisti-los!


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