KATE – 2021

Um filme de ação iluminado pelos neons das ruas de Tóquio, Kate é dirigido pelo francês Cedric Nicolas-Troyan, que tem uma carreira mais consolidada na área de efeitos visuais, e é escrito por Umair Aleem. O filme é protagonizado pela sempre eficiente Mary Elizabeth Winstead, mais conhecida como a eterna Ramona de Scott Pilgrim vs. the World. Ela é a titular Kate, uma assassina profissional que, numa missão no Japão, acaba concluindo que seus dias como atiradora estão perto do fim. Mas antes de se aposentar, a jovem vai precisar enfrentar um último desafio quando descobre que foi envenenada e tem pouquíssimo tempo para se vingar daqueles que a desejam morta. O filme conta ainda com um excelente elenco de atores coadjuvantes, como Woody Harrelson, no papel do mentor de Kate; Miku Martineau, que interpreta a filha de um dos alvos da assassina; e Tadanobu Asano e Miyavi, como dois dos capangas do chefão da Yakuza que Kate está à procura.

Há muita coisa boa em Kate, por mais que ação não seja necessariamente meu gênero favorito. A começar pelo visual, que é impressionante. Logo se vê que o diretor tem um histórico nos efeitos especiais, uma vez que o filme acerta muito bem em todas as escolhas que faz nesse sentido. As violentas cenas de ação repletas de sangue são incríveis e parecem muito realistas. Além disso, as cenas em Tóquio são estonteantes, como não poderia ser diferente. O filme aproveita a vibe cyberpunk da metrópole japonesa da melhor forma possível. Outro ponto positivo são as atuações no geral, começando por Mary Elizabeth Winstead, que está muito bem como a protagonista. Quem rouba a cena, no entanto, é a carismática e tagarela Ani, vivida por uma simplesmente fantástica Miku Martineau, que merece um filme só dela!

Apesar da dicotomia entre a centrada e introspectiva Kate e a desbocada Ani ser um dos pontos altos do filme, esse parece ser um dos únicos aspectos positivos do roteiro, que é fraco, no geral. Algumas falas muito clichês enfraquecem a narrativa, que também faz escolhas criativas bastante previsíveis. Dá pra ter uma ideia das reviravoltas que o filme dá a quilômetros de distância. Uma pena, porque o filme acerta em muitos outros elementos. No fim das contas, eu ainda me surpreendi com o visual, com o uso das músicas e com a atmosfera geral de Kate, foi uma experiência mais positiva do que eu imaginava, mesmo com seus defeitos.

Nota 7!

No momento, Kate está disponível para streaming na Netflix.


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