FEAR STREET PART THREE: 1666 – 2021

O capítulo final da trilogia Fear Street lançada nas últimas semanas pela Netflix é dirigido por Leigh Janiak, que também escreveu o roteiro juntamente com Phil Graziadei e Kate Trefry, que por sua vez é baseado na série de livros do escritor R. L. Stine. Dessa vez, Fear Street Part Three: 1666 (que em português lava o título de Rua do Medo 1666: Parte 3) salta para o ano de 1666, quando a região de Shadyside era habitada pelos primeiros colonizadores. A primeira metade do filme conta a origem da maldição que assola os habitantes do local até os dias de hoje através dos olhos de Sarah Fier, que nesse caso é vivida por Kiana Madeira, numa visão do passado. Assim, presenciamos uma caça às bruxas que acontece quando Sarah e outros jovens do vilarejo desafiam as tradições da época. Enquanto isso, de volta para 1994, acompanhamos a tentativa dos sobreviventes de acabar de vez com a maldição e salvar a vida da jovem Sam (interpretada por Olivia Scott Welch).

Com uma conclusão fraca e cheia de problemas, nos despedimos de Fear Street com um filme que leva 1666 no nome, mas que quase metade da ação acontece em 1994. Na primeira parte da história, quando acompanhamos os acontecimentos que deram origem à maldição no século XVII, o filme opta por usar os mesmos atores que participaram das partes 1 e 2 em papéis completamente diferentes. Alguns atores interpretam personagens que são antepassados de suas versões de 1978 e 1994, já outros fazem papéis aleatórios que não têm muita razão de ser. Ainda nessa primeira parte do filme, os atores tentam fazer sotaques de época que são totalmente irregulares, algo que distrai muito, principalmente porque são atores que já vimos recentemente com seus sotaques verdadeiros. Parece extremamente artificial e forçado, como todo o cenário de época e o contexto bizarro que o filme tenta criar, como festas de adolescentes na colônia puritana de 1666! O roteiro continua fraco, como nos dois filmes anteriores, mas parece ainda pior dessa vez, além do fato de que várias decisões narrativas fazem pouco sentido, principalmente quando a protagonista, após ter a visão do passado, começa a inferir como os personagens do presente estão agindo, como se houvesse alguma relação obrigatória entre passado e presente. É uma verdadeira bagunça, que também associa a maldição com problemas sociais, o que é um erro grotesco. Como se não bastasse tudo isso, a conclusão é super simplista, parece mais cômica do que assustadora e está mais preocupada em nos enfiar goela abaixo um milhão de referências dos anos 90 do que qualquer outra coisa.

Nota 3!

No momento, Fear Street Part Three: 1666 está disponível para streaming na Netflix.


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