Quem acompanha meu site ou meus posts nas redes sociais sabe o carinho enorme que eu tenho por filmes de terror. O que talvez seja novidade para muitos é que grande parte dessa relação se deu graças à Pânico (Scream) de 1996. O filme foi uma sensação quando lançado nos anos 90 e eu tinha apenas 8 anos de idade na sua estreia, então não o assisti no cinema, mas tive a sorte de estar trocando de canal alguns anos depois e encontrá-lo sendo exibido na TV aberta, e desde então ele é um dos meus filmes favoritos. Agora, 26 anos após o original e 11 anos após Pânico 4 (Scream 4), um novo filme dirigido por Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett (conhecidos por outros filmes de terror, como Ready or Not e VHS) tenta ressuscitar a franquia e dar um folego novo aos filmes de terror slasher. É o primeiro filme da série Pânico a não ser dirigido pelo icônico Wes Craven, que nos deixou em 2015, infelizmente.
Dessa vez, o filme recebe o mesmo nome do original, simplesmente Pânico (Scream, na versão em inglês), embora seja encontrado como Pânico 5 ou Scream 5 em alguns lugares, e ele conta a história das irmãs Sam e Tara Carpenter (vividas por Melissa Barrera e Jenna Ortega, respectivamente). Tara, que é estudante do ensino médio e vive na fatídica cidade de Woodsboro, é atacada por uma pessoa misteriosa usando a famosa máscara do ghostface. O ataque faz com que sua irmã mais velha, Sam, que vive em outra cidade, volte para Woodsboro e se torne o verdadeiro alvo de um novo assassino em série que vai aterrorizar os jovens da região, revelando segredos do passado do local. É quando Sidney Prescott, Gale Weathers e Dewey Riley (os incríveis Neve Campbell, Courteney Cox e David Arquette) vão precisar se envolver com mais essa sequência de tragédias e fazer de tudo para por fim aos crimes desse novo serial killer.
Após o fracasso de bilheteria que foi Pânico 4 (nem um pouco merecido, por sinal, uma vez que é um excelente filme) ninguém imaginava que a franquia voltaria às telas do cinema, principalmente após a morte de seu criador, Wes Craven. No entanto, esse novo filme, além de uma grata surpresa paras os fãs, é também um ótimo terror em todos os sentidos. Ele continua a principal tradição da franquia – o uso da metalinguagem – e faz isso de forma inteligente e moderna. Dessa vez a discussão gira em torno das “requels” ou “legacy sequels”, que são a mistura de sequências de filmes com remakes, como é exatamente o caso desse novo Pânico. O filme segue as regras do universo e brinca com elas de maneira divertida e assustadora, sempre trazendo novas surpresas e comentários. Outro tema abordado no roteiro é a diferença entre os filmes de terror mais clássicos, como os slashers de assassinos, e a nova onde de “terror elevado”, com o sucesso de Get Out, The Witch, Hereditary e The Babadook. Ou seja, o filme é um grande parque de diversões para fãs do terror. Com muitas mortes sangrentas, o filme tem uma história é sólida que não tenta reinventar a roda e faz uma boa mistura entre os novos personagens e os antigos. Os bons e velhos clichês de sempre estão lá, mas não prejudicam a narrativa. E a trilha sonora escolhida a dedo deixa tudo ainda mais empolgante. É um ótimo recomeço para essa já aclamada franquia do terror!
Nota 9!
No momento da publicação deste artigo, Pânico (2022) estreou recentemente nos cinemas e ainda não está disponível nas plataformas oficiais de streaming ou de aluguel do Brasil. Se você se interessou pelo filme e quer conhecer mais sobre ele, incluindo outras opiniões, abaixo você encontra o link para o Letterboxd, uma rede social de pessoas que comentam todas as obras do mundo do cinema. Além disso, já que os filmes estão sempre mudando de streaming, você pode visitar o JustWatch, uma ferramenta que mostra a disponibilidade de filmes e séries em todas as plataformas de diversos países, para conferir de forma atualizada onde assisti-los! 🎥
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