TEDDY – 2020

Um filme de terror selecionado para o Festival de Cannes de 2020, que infelizmente precisou ser cancelado devido à pandemia de covid-19, Teddy é mais um dos diversos filmes sobre lobisomens lançado nos últimos dois ou três anos. E entre esses diversos filmes de lobisomens, há muitos filmes incríveis, alguns filmes interessantes, outros filmes inovadores, e há Teddy… O filme francês, que mantém o mesmo título em português, é dirigido e escrito pelos irmãos Ludovic e Zoran Boukherma. Ambientado na região dos Pirineus franceses, o filme conta a história de Teddy (interpretado por um ótimo Anthony Bajon), um jovem de cerca de 20 anos que vive com sua família adotiva bastante peculiar e trabalha temporariamente como massagista. Rebecca, sua namorada (vivida por uma igualmente ótima Christine Gautier), logo se formará no ensino médio enquanto os dois jovens fazem planos para um futuro juntos. Mas tudo muda quando Teddy é arranhado por uma fera na floresta: um lobo que vem assombrando a região e cujos furiosos fazendeiros locais vêm caçando há meses. Com o passar das semanas, os impulsos animais logo começam a dominar o garoto e será cada vez mais difícil controlar as emoções quando Teddy se vê isolado de tudo e de todos ao seu redor.

Como fã de filmes de terror, e principalmente de filmes de lobisomens, fui assistir Teddy com grandes expectativas é logo no início é possível perceber o potencial e a singularidade da história em questão. O filme, porém, é muito irregular para brigar por uma vaga entre meus favoritos. Devo dizer, no entanto, que adorei as piadas bem distribuídas ao longo da trama e seu humor um tanto quanto inexpressivo, mas eficaz, muito dele derivado das ótimas atuações proporcionadas por todo o elenco, principalmente Anthony Bajon, que é realmente impressionante do começo ao fim de Teddy. Assim, eu me diverti na maior parte do tempo, mesmo que faltasse uma certa empolgação na história, e apesar do fraco desenvolvimento das personagens como um todo. Ainda que o filme tenha ótimas tomadas e belos visuais, o orçamento limitado certamente criou algumas restrições nesse sentido. Mas o que mais me incomodou no fim das contas foi um sentimento sexista, principalmente na segunda metade da narrativa, que trouxe decisões criativas pouco inspiradas e desagradáveis como um todo. Além disso, o uso gratuito de ofensas homofóbicas me parece completamente desnecessário, ainda mais na segunda década do século XX.

Nota 5!

No momento, Teddy ainda não está disponível nas plataformas oficiais de streaming ou de aluguel do Brasil.


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