O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (cujo original em francês se chama Le Fabuleux Destin d’Amélie Poulain, e também pode ser encontrado com seu título em inglês que é simplesmente Amélie) é um filme francês de 2001 dirigido por Jean-Pierre Jeunet e escrito por Jeunet e Guillaume Laurant. Um dos maiores sucessos do cinema francês moderno, o filme também foi responsável por reviver um interesse no cinema do país ao redor do mundo. A história começa apresentando a personagem principal, Amélie Poulain, interpretada por uma inigualável Audrey Tautou. Amélie é uma jovem sonhadora e solitária que trabalha como garçonete em um café em Paris. Com manias particulares e sem grandes ambições, a jovem vive sua vida de forma quase que automática. Até que, no dia do acidente trágico que tirou a vida da Lady Di nas ruas de Paris, Amélie encontra uma caixa com objetos de infância escondida em seu apartamento. Ela então decide que precisa devolvê-la ao seu dono original e acaba se envolvendo em uma série de atos de bondade e ajuda aos outros. Em seu caminho, ela conhece pessoas tão peculiares quanto ela, e acabe encontrando um objetivo de vida.
O filme é uma jornada pela vida de Amélie, explorando seus sonhos, desejos e alegrias, ao mesmo tempo em que destaca a beleza dos pequenos prazeres da vida e a importância de se conectar com as pessoas ao seu redor. Talvez por isso ele tenha conquistado tantas pessoas nos quatro cantos do planeta – é raro encontrar filmes que foquem apenas nisso, em ser uma pessoa boa para as outras, e em como isso pode nos trazer felicidade e prazer na vida. Outro destaque de Amélie é sua estética visual única e cativante, com cores vibrantes e uma fotografia que explora ao máximo as locações parisienses, trazendo todo um charme francês para a trama. Os efeitos visuais realçam a história que, por sua vez, é repleta de metáforas e imagens simbólicas que refletem os pensamentos e emoções da protagonista. Nesse sentido, vale também ressaltar a atuação de Audrey Tautou como Amélie, que é excepcional, mostrando a personagem como uma jovem delicada e sensível, mas também forte e corajosa. Impossível não mencionar tamném a trilha sonora inesquecível composta pelo talentoso Yann Thiersen (também responsável pela belíssima trilha de Adeus, Lênin), que traz músicas suaves e cativantes, dando um toque mágico e alegre ao filme.
Por mais que hoje muita gente olhe para o filme com um certo desdém e reclame que ele seja “excessivamente francês”, não acredito que ele tenha envelhecido mal. Há uma comunidade cinéfila que tem aversão a filmes que se popularizam e acabam parando sempre nas listas de favoritos de muita gente que não é estudiosa de cinema europeu. Não é o meu caso. Amélie segue sendo uma obra-prima do cinema e merece seu espaço entre os melhores filmes dos nossos tempos.
Nota 10!
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