THE NIGHT EATS THE WORLD – 2018

Esse ótimo filme de terror do cineasta francês Dominique Rocher é uma adaptação de um romance do escritor também francês, Pit Agarman. O nome do filme (e do livro) em francês é La nuit a dévoré le monde (que originou o título em português, A Noite Devorou o Mundo), mas apesar se ser uma produção majoritariamente francesa e de se passar em Paris, o filme é todo falado em inglês. Na história acompanhamos o jovem Sam (vivido pelo sólido ator norueguês Anders Danielsen Lie), que visita a sua ex-namorada, Fanny (Sigrid Bouaziz), para buscar algumas fitas cassetes que estão na casa dela. A visita acontece durante uma grande festa, e Sam acaba de isolando num quarto enquanto espera Fanny, e acaba cochilando. Ao acordar, no entanto, Sam dá de cara com um assustador mundo novo, onde zumbis dominaram as ruas da cidade, e até mesmo todo o edifício onde ele se encontra. Agora o rapaz precisará lutar para se manter vivo num universo apavorante, tentando manter a esperança de que haverá uma salvação enquanto se esforça para preservar a própria sanidade.

A melhor qualidade de The Night Eats the World está no tom sóbrio e realista da história. Quando se trata de filmes que abordam apocalipses zumbis, é comum que eles sejam exagerados ou encontrem soluções pouco realistas para os problemas de seus personagens principais. É o caso do mais recente #Alive, da Netflix, que por sinal, tem um roteiro muito semelhante ao filmes francês em questão. Felizmente, The Night Eats the World é bastante comedido, graças às decisões criativas e a uma direção competente. Perto da metade do filme, no entanto, é possível notar um certo desgaste que faz com que o filme se torne levemente cansativo, apesar de ter apenas 90 minutos de duração mais ou menos. Contudo, o ato final da narrativa é muito mais empolgante e traz algumas reviravoltas importantes para manter o ritmo da história e lhe dar uma conclusão de qualidade. É esse final que dá ao filme seu melhor momento e o torna ainda mais original. O protagonista, que carrega o filme nas costas, não é tão desbravado quanto poderia, mas há muitos bons momentos em que entramos em sua mente e analisamos o mundo pela sua perspectiva, algo que é auxiliado pela boa atuação de Anders Danielsen Lie. O trabalho de fotografia de Jordane Chouzenoux também merece destaque, e realça o sentimento desolador do filme. É uma obra bem feita e que nos deixa com vontade de saber qual a próxima aventura do diretor Dominique Rocher.

Nota 7!

No momento, The Night Eats the World está disponível para streaming na Amazon Prime Video e no Telecine, e para aluguel no Google Play e no iTunes.


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