
Um filme de terror que foca em temas religiosos, The Unholy (Rogai Por Nós, na versão em português) é o primeiro longa-metragem dirigido e escrito pelo cineasta grego que vive nos Estados Unidos, Evan Spiliotopoulos. Baseado num livro chamado Shrine, de 1983, o filme, que conta com a produção de Sam Raimi, um dos mestres do terror, narra a história de Gerry Fenn (vivido por Jeffrey Dean Morgan), um jornalista decadente que viaja até uma cidadezinha do interior da Nova Inglaterra, no nordeste dos EUA. Chegando lá, Fenn acaba cruzando caminho com a jovem sobrinha do padre da localidade, Alice (interpretada por Cricket Brown), uma garota surda-muda que, numa noite misteriosa, tem contato com uma suposta aparição da Virgem Maria que lhe dá a capacidade de ouvir e de falar. Além disso, Alice começa a demonstrar o poder de curar as pessoas da região dos mais diferentes tipos de doenças e problemas de saúde. Ao mesmo tempo, eventos sinistros começam a acontecer e eles farão com que Fenn precise colocar em jogo sua recém recuperada carreira para poder ajudar os que estão a sua volta. O filme conta ainda com o ator português Diogo Morgado e com a atriz Katie Aselton.
A premissa de The Unholy é sólida o suficiente para gerar um filme, com certeza, mesmo que a ideia não seja a mais original do mundo. Há outros filmes de terror com foco em aspectos da religiosidade que contam histórias parecidas, mas isso não seria um grande problema caso The Unholy fosse um excelente filme, por exemplo. O problema é que ele não é. Longe disso, o filme de estreia de Evan Spiliotopoulos é bastante fraco em diversos departamentos. O primeiro está nas atuações, que são inconsistentes, principalmente dos personagens menores e até mesmo dos figurantes, o que nos distrai facilmente. Além disso, o filme tem um orçamento relativamente baixo, o que claramente afetou várias sequências que precisavam do uso de CGI. Mas talvez a pior característica de The Unholy esteja no desenvolvimento da história em si, que tinha um potencial bom, mas toma rumos previsíveis e irregulares, caindo em armadilhas típicas desse tipo de obra. O filme cria um universo em que as próprias regras são muito vagas e tudo acaba se resumindo ao “poder da fé”, o que o leva a fazer escolhas sem muito sentido. Como se não bastassem todos esses problemas, o filme ainda é bem pouco assustador! Ele simplesmente não dá medo, por mais que tente alguns sustos aqui e ali, mas todos eles são mal feitos e super previsíveis.
Nota 3!
The Unholy está disponível nos cinemas e deve chegar em breve às plataformas digitais.
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