CRUELLA – 2021

Continuando a sequência de filmes que trazem as icônicas vilãs de animações da Disney para o protagonismo em novas histórias, na linha de Maleficent (Malévola), agora é a vez da vilã de 101 Dálmatas ganhar os holofotes. Cruella (ou Cruela na versão em português), dirigido por Craig Gillespie, conta as origens da vilã, desde sua infância até o momento em que a conhecemos na animação dos estudos Disney de 1961, que por sua vez é baseada no romance de 1956 de Dodie Smith, The Hundred and One Dalmatians. Protagonizado por Emma Stone, o filme viaja para a Londres da década de 1970 para narrar as aventuras da jovem estilista Estella, que tenta sobreviver na cidade com a ajuda de um par de ladrões (interpretados por ótimos Joel Fry e Paul Walter Hauser) até que ela consegue um emprego como a ajudante da Baronesa von Hellman (vivida por uma fabulosa Emma Thompson), uma lenda do mundo da moda. Aos poucos, a relação entre Estella e sua chefe vão tomando contornos competitivos e quando segredos do passado começam a ser desvendados, a jovem vai usar seu talento fashion para se transformar na vingativa e estrondosa Cruella De Vil. Nessa saga, Estella terá ainda ajuda de Anitta Darling (vivida por Kirby Howell-Baptiste), uma jornalista que é amiga de infância da estilista, e de Artie (interpretado por John McCrea), o dono de uma loja de roupas que se juntará à jovem e tem sido anunciado como o primeiro personagem abertamente gay de um filme life-action da Disney.

Cruella tem muitas qualidades, principalmente no que diz respeito ao figurino, cujo senso fashion é realmente a alma do filme. As vestimentas são estonteantes, mesmo que algumas delas só existam devido aos efeitos especiais e CGI. Da mesma forma, o design de produção e a estética dos anos 70 são muito bem feitos. A atmosfera da época também é favorecida pelo uso de músicas dos anos 60 e 70, que chega até a ser exagerado – nem toda cena precisa ser embalada por um hit conhecidíssimo. As atuações no geral também são muito boas, Stone e Thompson estão excelentes, e os papéis secundários não deixam a desejar. Agora, o problema de Cruella realmente está na história, que apesar de engajar o espectador, precisa fazer algumas escolhas criativas um tanto quanto fracas e mirabolantes. Além disso, a ideia de se fazer um filme sobre Cruella, uma personagem famosa por matar animais para fazer casacos de pele, realmente exige muitas alterações para que se crie alguma simpatia pela protagonista. Por isso, não espere reconhecer a terrível Cruella sequestradora de dálmatas nesse filme, a vilã de verdade é a baronesa interpretada por Thompson, que, pode-se argumentar, lembra mais a Cruella da animação com o qual estamos acostumados. Ainda assim, o filme diverte em vários momentos, mesmo com um enredo pouco convincente.

Nota 6!

Cruella teve sua estreia em cinemas, inclusive do Brasil, e na plataforma Disney+ no estilo “premium access”, no qual você precisa pagar em valor adicional para assistir.


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