Com tantas opções de streaming disponíveis hoje no Brasil e com centenas ou até mesmo milhares de filmes e séries de TV disponíveis em cada um desses inúmeros serviços, escolher uma obra para assistir pode se tornar uma árdua tarefa, principalmente quando estamos com amigos ou familiares. Quem nunca ficou mais tempo escolhendo um filme do que realmente o assistindo depois? Por esse motivo, criei o Legenda Sincronizada, com dicas diárias do que assistir e críticas dos principais lançamentos do cinema e da televisão.

Dessa vez, decidi trazer as opções mais aclamadas dos principais serviços de streaming disponíveis hoje no Brasil. São aquelas obras aclamadas que todo amante do cinemas ou de séries de TV precisa assistir. São opções quase que obrigatórias, e aqui serão apenas três obras por post, porque a intenção é não passar muito tempo escolhendo! E hoje vamos examinar as melhores opções do Star+, o segundo streaming da Disney com foco em conteúdo mais adulto. Vamos aos favoritos desse mês!
A FAVORITA – 2018

Um dos filmes mais aclamados dos últimos anos, A Favorita (The Favourite, no original em inglês) é uma comédia de humor ácido que se passa no início do século XVIII. Dirigido pelo talentoso e criativo diretor grego, Yorgos Lanthimos (de O Lagosta e O Sacrifício do Cervo Sagrado), o filme narra um período histórico do reinado da Rainha Anne (vivida por uma fenomenal Olivia Colman), e de duas primas que cobiçavam o cargo de “favoritas” da rainha: Sarah, uma duquesa que atua como conselheira da rainha (interpretada por uma excepcional Rachel Weisz); e a recém-chegada Abigail, prima pobre de Sarah que a procura em busca de emprego (vivida por uma também magnífica Emma Stone). Com design de produção e figurino impecáveis, Lanthimos nos transporta para o século XVIII, mas no seu universo absurdista maravilhoso, como é comum em seu trabalho.
MEU NOME É BAGDÁ – 2020

Um filme brasileiro bastante simples, mas efetivo na maior parte do tempo, Meu Nome É Bagdá é dirigido por Caru Alves de Souza e escrito por Josefina Trotta. Como o nome já diz, o filme narra a história de Bagdá, uma garota skatista que vive na periferia da Zona Norte de São Paulo. Num universo dominado por homens, Bagdá e suas amigas mulheres lutam por espaço e respeito, mas nem sempre encontram. A garota, que tem uma expressão de gênero mais andrógena e acaba, muitas vezes, sendo identificada pelas outras pessoas com um homem, se tornando vítima de preconceito também por isso. Ao mesmo tempo, o filme mostra como as relações familiares e com os outros amigos LGBTQ+ de Bagdá são fortes e a transformam numa pessoa intensa e bem resolvida. É raro ver retratos de pessoas com expressão de gênero não-binárias no cinema. O filme não passa muito tempo se debruçando sobre a sexualidade da garota (a princípio ela é heterossexual), nem sobre a identidade de gênero dela (a princípio ela é cisgênero) – o que diferencia Bagdá e a inclui no grupo de pessoas queer é a sua não conformidade na forma com a qual se expressa!
BOYHOOD – 2014

As pessoas geralmente comentam que Boyhood é um filme sobre nada – e elas estão corretas, o filme não tem um roteiro convencional com um clímax claro. Mas esse também é um filme sobre tudo! Sobre cada momento vivido, sobre cada memória das nossas vidas, sobre tudo o que fazemos e deixamos de fazer. Dirigido pelo maravilhoso Richard Linklater (da trilogia Before), Boyhood (que no Brasil ganhou o subtítulo Da Infância à Juventude) conta a história de Mason (Ellar Coltrane) desde os seus 6 anos de idade até a chegada aos 18. A infância e a adolescência do menino, além de mostrar seu crescimento e amadurecimento, envolve a mudança do mundo ao seu redor, tanto na esfera mais local (as mudanças na sua sua família, a separação dos pais, as mudanças de cidades) até a esfera mais global (as mudanças culturais nos Estados Unidos entre os anos 2000 e 2010, as tendências artísticas, as transformações sociais e políticas). Dá pra entender agora, né? Mesmo sendo um filme sobre nada, Boyhood consegue ser um filme sobre tudo.
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