
Tár (que mantém o mesmo título em potuguês do Brasil) é um filme de drama psicológico de 2022 escrito e dirigido por Todd Field. Ele é estrelado por Cate Blanchett como Lydia Tár, uma renomada maestrina que é acusada de conduta sexual inapropriada. O elenco de apoio inclui Nina Hoss, Noémie Merlant, Sophie Kauer, Julian Glover, Allan Corduner e Mark Strong. Tár estreou no 79º Festival Internacional de Cinema de Veneza em setembro de 2022, onde Blanchett ganhou o prêmio Volpi Cup de Melhor Atriz. O filme teve um lançamento limitado nos cinemas dos Estados Unidos em 7 de outubro de 2022, antes de ser lançado amplamente em 28 de outubro pela Focus Features. O filme, ambientado no mundo internacional da música clássica, gira em torno de Lydia Tár, amplamente considerada uma das maiores compositoras/maestrinas vivas e a primeira chefe de orquestra feminina de uma grande orquestra alemã, até que sua vida se desintegra.
Tár é uma verdadeira masterclass no que diz respeito ao estudo e desenvolvimento de personagens. Cate Blanchett entrega uma performance inigualável, a melhor de sua carreira, encarnando a personagem complexa e profundamente falha de Lydia Tár. Ao longo do filme, testemunhamos o desenrolar da vida de Tár à medida que ela enfrenta as consequências de suas ações passadas e, apesar de seu comportamento repreensível, a interpretação sutil de Blanchett desperta um senso de empatia da audiência, destacando a complexidade da natureza humana. Embora o filme pudesse ter ido ainda mais longe na exploração de certos aspectos da personagem de Tár, o efeito geral é uma poderosa e provocativa análise da psique humana. A progressão do filme é ocasionalmente irregular, especialmente na primeira metade da história que parece arrastada. No entanto, este é um pequeno defeito em uma obra de cinema mutíssimo bem feita. Uma das maiores forças do filme é seu design de som impecável. Como uma história ambientada no mundo da música clássica, o som desempenha um papel crucial em imergir a audiência no universo do filme, e aqui ele cria uma experiência auditiva rica e envolvente. Por fim, Tár também traz um comentário moderno e criativo sobre a “cultura do cancelamento” e também é um filme LGBTQ+ cuja história não gira necessariamente em torno da sexualidade da personagem principal, o que é sempre muito bem-vindo.
Nota 8.
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