
O mais novo filme da inesgotável franquia 007, No Time to Die (que em português leve o título de 007 – Sem Tempo para Morrer) traz novamente o espião James Bond, agora aposentado, numa nova e complicada missão. Dirigido por Cary Joji Fukunaga, o vigésimo quinto filme do universo 007 marca também a despedida de Daniel Craig no papel de Bond após cinco filmes. Dessa vez, o espião é procurado pela CIA para resgatar um cientista sequestrado (vivido por David Dencik), e o que parece uma simples missão vai acabar se tornando uma espiral de segredos e traições que levará Bond ao encontro de um vilão misterioso (interpretado pelo superestimado Rami Malek) que pretende se armar com uma poderosa e muitíssimo perigosa tecnologia que colocará o mundo em risco.
Como um filme James Bond, eu diria que No Time to Die faz o dever de casa e entrega uma história decente. A primeira cena parec eum filme de terror e me levou a acreditar que o filme seria um pouco mais inovador, mas eu estava enganado. É o típico filme 007, muito embora eu acredite que, com duas horas e meia de duração, poderíamos ter tido um resultado muito superior. Não falo pela qualidade técnica, que está ok, mas pela trama em si. Afinal, estamos falando do filme de despedida de Daniel Craig, então eu esperava algo ainda mais impactante. Mas a impressão que eu tive é de que tudo foi mediano demais, e nesse caso, mediano não é o bastante para empolgar. Até a música tema é descartável. Alguns personagens foram menos desenvolvidos do que poderiam, principalmente a principal “Bond girl” da história, que aqui está mais para “Bond wife”, e algumas decisões criativas foram interessantes e questionáveis ao mesmo tempo. Um exemplo disso é o fato de que, devido ao fato de James Bond estar aposentado no enredo de No Time to Die, temos um novo 007, ou melhor, uma nova: Nomi, vivida por Lashana Lynch, uma mulher negra. Depois de tantos pedidos para que a franquia de modernizasse e trouxesse um 007 que não fosse o típico homem branco, chega a ser covarde colocar uma 007 negra como coadjuvante. Será que o próximo filme 007 terá uma protagonista com essas características? Vamos esperar sentados, infelizmente. Com relação aos outros clichês machistas e misóginos que sempre foram a marca da franquia, dessa vez esses elementos são suavizados. Mas ser somente menos machista e misógino que a média não chega a ser um elogio, não é mesmo?
Nota 5!
No momento da publicação deste artigo, No Time to Die ainda não está disponível nas plataformas oficiais de streaming ou de aluguel do Brasil. Se você se interessou pelo filme e quer conhecer mais sobre ele, incluindo outras opiniões, abaixo você encontra o link para o Letterboxd, uma rede social de pessoas que comentam todas as obras do mundo do cinema. Além disso, você pode clicar em JustWatch, uma ferramenta que mostra a disponibilidade de filmes e séries em todas as plataformas de diversos países para conferir de forma atualizada onde assisti-los!
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