
Um filme para guardar dentro do coração. Esse lindo romance da diretora queniana Wanuri Kahiu é um tesouro! Ele conta a história de duas garotas, Kena e Ziki, que vivem em Nairobi, capital do Quênia. Ao começar uma amizade, as duas já sabem que vão ter que lidar com a fúria de suas famílias, já que ela são filhas de dois políticos rivais que disputam as eleições na cidade. E quando a amizade se transforma em amor, elas descobrem que, além da fúria da família, a fúria da sociedade também cairá sobre elas.
Rafiki é um filme lindo, colorido, cheio de vida. A diretora Kahiu realmente fez questão de mostrar uma Nairobi cheia de cor para contrastar com as ideias de uma África triste e miserável que vemos tantas vezes representados no cinema ocidental. As cores também representam as protagonistas, que são cheias de energia e sonham com algo mais em suas vidas. Outro ponto alto de Rafiki são as músicas e os sons contagiantes durante todo o filme. Impossível não terminar de assistir e correr para procurar as músicas e ficar ouvindo sem parar (foi o que eu fiz, haha). E claro, é um filme corajoso, é uma história de amor LGBTQ+ num país onde a homossexualidade é considerada crime; o Quênia inclusive baniu o filme de ser exibido no país. Mas além de corajoso, é um filme muitíssimo bem feito e merece todo o nosso amor!
Nota 10!
Rafiki, o primeiro filme do Quênia a ser exibido no Festival de Cannes, está disponível atualmente no Telecine!
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