XXY – 2007

Há tão poucos filmes sobre o “BTQIA+” do LGBTQIA+, há tamanha falta de representatividade no que diz respeito a esses grupos minoritários que chega a doer o coração. Mas felizmente XXY, um filme argentino de 2007 dirigido por Lucía Puenzo, conseguiu contar uma linda história de uma pessoa intersexo de forma respeitosa e didática, sem parecer artificial. Alex é uma jovem intersexo que nasceu com as genitálias masculina e feminina, e que foi criada e é apresentada para o mundo como uma garota. Ela toma medicamentos que suprimem os aspectos masculinos, como barba e pelos no corpo, até que certo dia, sem avisar seus pais, ela decide parar de tomá-los e através de uma série de eventos, começa a questionar sua identidade sexual.

XXY deixa claro que do nascimento até a adolescência, Alex, que tem 14 anos no filme, nunca escolheu sua identidade e como se apresentar para a sociedade, essa escolha (de que ela seria uma mulher) sempre foi induzida pelos seu pais. Os pais de Alex, por mais compreensivos que fossem, seguiam um caminho que tentava normalizar e encaixar Alex em suas expectativas, o que é comum em famílias com filhos LGBTQIA+. E nesse sentido XXY é especial, pois questiona essa necessidade de encaixar as pessoas em padrões pré-determinados e mostra que existe um grande abismo entre as expetativas da sociedade e os desejos, anseios e necessidades das pessoas intersexo.

Nota 10!

Na data de publicação desse artigo, XXY estava disponível na Netflix!


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