
Dirigido pela maravilhosa Marjane Satrapi (escritora da graphic novel Persépolis e diretora da sua adaptação para o cinema), Radioactive é um drama biográfico bastante ambicioso. Ele conta a história da ganhadora do Prêmio Nobel por duas vezes, a polonesa naturalizada francesa Marie Curie (vivida por uma sempre instigante Rosamund Pike), e suas extraordinárias descobertas científicas através da perspectiva de seu casamento com o marido Pierre. O filme foca também na sua conturbada relação com os cientistas da época e com a sociedade francesa. Além disso, Radioactive nos transporta no tempo para examinar os efeitos transformadores que a descoberta do rádio teve no século XX.
Por mais que eu sempre tenha gostado muito do trabalho de Marjane Satrapi, devo dizer que esse filme foi uma decepção. Radioactive não é de todo ruim, mas com certeza ficou muito aquém da capacidade da diretora e da produção envolvida na obra. É importante ressaltar primeiro que o filme traz diversas alterações na história real de Marie Curie, o que, até certo ponto, é compreensível. O problema maior está em algumas escolhas criativas que não se encaixaram muito bem na estrutura do filme, além de sequências em que a edição ficou bastante estranha, estragando momentos interessantes, como quando o filme viaja no tempo para mostrar as diversas repercussões das descobertas de Curie. Além disso, a narrativa pareceu apressada e a conclusão foi um pouco anticlimática. Ao mesmo tempo, as atuações são boas e a mensagem final é relevante. Outro ponto positivo é o visual do filme como um todo, que é excelente, com ótimos figurinos e um incrível design de produção.
Nota 5!
Radioactive está disponível para streaming na Netflix.
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