
Guillermo del Toro é sem dúvidas um dos melhores diretores da atualidade, principalmente quando o assunto é fantasia. Mas os filmes de del Toro não são apenas “fantásticos”, eles são desconfortavelmente fantásticos! Trazendo elementos de terror e muita crítica social, o diretor mexicano consegue criar histórias únicas e inconfundíveis, que nos tiram da nossa zona de conforto. E foi isso que aconteceu com A Forma da Água (The Shape of Water), um dos seus filmes mais premiados. A trama se passa nos Estados Unidos do início dos anos 1960, durante a Guerra Fria. Nesse contexto, Elisa (Sally Hawkins), uma mulher muda que trabalha como zeladora num laboratório do governo, se apaixona por uma criatura marinha aprisionada no local. Para salvar a criatura e poder viver seu amor, Elisa conta com a ajuda de poucos amigos para elaborar um complexo e arriscado plano de fuga.
Nesse romance cheio de metáforas e visualmente impressionante, del Toro consegue juntar personagens incríveis num dos momentos mais cruciais da História recente, tanto no contexto internacional, onde os conflitos da competição entre EUA e União Soviética ganham aspectos cada vez mais assustadores, quando no contexto social dos EUA, onde mulheres, negros e pessoas LGBTQ+ buscam por vidas mais justas. Não é à toa que únicos aliados de Elisa para salvar seu amor são Giles, um homem gay (Richard Jenkins) e Zelda, uma mulher negra que também trabalha no local (Octavia Spencer). Com uma história sensível, emocionante e muito bem trabalhada, além de atuações maravilhosas, A Forma da Água consegue nos envolver nos transportar parar um mundo um pouco mais mágico que o nosso.
Nota 10!
Esse filme vencedor de quatro Oscars (entre eles Melhor Filme e Melhor Direção) está disponível em plataformas de aluguel (iTunes, Google Play e Microsoft), clique no JustWatch para mais informações!
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