WICKED – 2024

Eu preciso começar com uma confissão: nunca fui fã do universo de Oz. Conheço um pouco sobre a sua história, principalmente sobre o legado do filme de 1939, mas não me considero um amante da obra. No entanto, me empolguei e fiquei positivamente surpreso com Wicked (2024). Dirigido por Jon M. Chu, escrito por Winnie Holzman ao lado de Stephen Schwartz, e estrelado por Cynthia Erivo e Ariana Grande, o filme marca a primeira parte da adaptação do musical que conquistou plateias ao redor do mundo. No fim das contas, gostei bastante da experiência que esse blockbuster proporciona.

Vamos por partes. Wicked conta a história de Elphaba, uma jovem inteligente, talentosa, verde (literalmente) e deslocada, que chega à universidade de Shiz para estudar magia. Lá, ela conhece Glinda, a garota mais popular da escola, brilhante, vaidosa e completamente diferente dela. O que começa com rivalidade logo se transforma em uma amizade improvável, e as duas acabam envolvidas em conflitos políticos que reescrevem tudo o que sabemos sobre Oz.

E aí você deve estar se perguntando: como alguém que não liga muito para Oz pode gostar de um filme que revisita justamente esse universo?

A verdade é que Wicked vai muito além do cenário fantástico. A essência da história está nas escolhas que definem quem somos, na força de assumir a própria identidade e na amizade que nasce de lugares inesperados. Não é um filme apenas sobre bruxas e feitiços. É um filme sobre empatia, sobre não aceitar narrativas prontas e sobre aprender a enxergar nuances onde o mundo insiste em dividir tudo entre “bom” e “mau”.

Temas como manipulação política, preconceito, imagem pública e ambição aparecem de maneira orgânica. Mas o ponto que mais funciona é, sem dúvida, a relação entre Elphaba e Glinda. A amizade das duas é bem desenvolvida e cheia de pequenas camadas que tornam a jornada envolvente. Mesmo eu, que nunca me conectei muito com Oz, me senti mergulhando em um mundo novo, muito bem construído e visualmente impressionante.

As músicas são um grande destaque, com números intensos e emocionantes. Cynthia Erivo entrega vocais poderosos e Ariana Grande surpreende com um carisma ingênuo que funciona muito bem para a personagem. O elenco de apoio também está sólido e o final é empolgante e cheio de emoção. O filme tem alguns clichês um pouco batidos, principalmente em certos diálogos e na estrutura de alguns momentos, mas nada disso prejudica a experiência.

Nos bastidores, Wicked chegou às telas depois de anos de tentativas de adaptação. O projeto passou por mudanças de direção, cronogramas, pandemia e debates criativos até Jon M. Chu assumir. A decisão de dividir a história em duas partes foi tomada para preservar a narrativa e permitir que a amizade entre Elphaba e Glinda tivesse o espaço necessário para se desenvolver, e isso realmente faz diferença.

Nota: 8

No momento da publicação desta resenha, Wicked (2024) está disponível para aluguel e compra digital no Brasil em plataformas como Amazon Prime Video, Apple TV, Google Play e YouTube Filmes. E a Parte 2, Wicked: For Good, já está em cartaz nos cinemas brasileiros.🎥


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